Plágio é crime

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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Reativando o blog

Estou reativando esse blog. Quando o criei a intenção era compartilhar minhas análises políticas, ainda que rasas, nesse espaço. No entanto não me dediquei a isso.

Hoje, depois da minha mãe pedir pra que eu desse algumas dicas para cuidar do cabelo e algumas receitas vegetarianas, lembrei que muitas pessoas do meu ciclo social costumam pedir também, então resolvi reativar o blog, com o objetivo de compartilhar as receitas vegetarianas que faço e meu cronograma capilar (okay, meu cabelo não é o mais bonito do mundo, mas ele é saudável, garanto. hehe).

Então, como já devem ter notado eu sou vegetariana e feminista. Mas o que vocês não sabem é que faço low poo (clique aqui). E utilizar essa técnica tem sido maravilho pra minha autoestima, pra minha saúde capilar e pra me empoderar sobre os produtos que utilizo e aceitar a beleza natural dos meus fios.

É isso, pipou!!!!

Aguardem aqui algumas dicas legais, tenho certeza que vai ajudar de alguma forma. A mim principalmente, que tenho uma péssima memória e terei pra onde recorrer quando ela falhar. hehe

Beijos de luz!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Consumo e sexismo no dia das crianças

*Por Raíza Wallace Guimarães da Rocha

Esse seria um excelente dia para os pais passarem mais tempo com seus filhos e filhas, brincando e ensinando a importância de viver coisas típicas da infância. E não incentivando a ser adultos mirins, sexistas e consumistas compulsivos.

Como estudante de Terapia Ocupacional, reconheço a importância do brincar para o desenvolvimento sócio psicomotor da criança. Porque sei que é através do brincar que ela vai desenvolvendo habilidades motoras, sensoriais, cognitivas, SOCIAL e emocional. E por isso acho essencial que tenhamos cuidado com os brinquedos que damos a essas crianças.

Você já reparou se os brinquedos que você está comprando não estão impondo padrões comportamentais sexistas?

Você dá bonecas, joguinho de panela, Barbie, fogãozinho, batedeira, bebezinhos, para as meninas. E os caminhões, carros, bola, monstros, para os meninos. E depois nem desconfia o motivo pelo qual sua filha cresce achando que nasceu pra ser mãe, que fazer os serviços domésticos é uma responsabilidade somente sua, que precisa investir em sua 'beleza', só por ter nascido mulher.
Enquanto seu filho acha que precisa gostar de futebol, odiar rosa, ser o motorista (sim, porque mulher no volante é perigo constante, não?), não pode gostar de bonecas e nem fazer trabalhos domésticos.

As propagandas de brinquedos direcionadas às crianças incentivam um consumo exarcebado e esteriótipos retrógrados. As meninas querem ser princesinhas, que usam salto alto, maquiagem, não brincam de correr, possuem um celular, precisam ser magras e ter cabelo liso como a Barbie (ou seja, a menina que é negra, gorda e tem o cabelo afro, se rejeita e é rejeitada... Não é a toa que vemos milhares de meninas alisando o cabelo e fazendo dietas malucas para sentirem-se 'bonitas'). Já os meninos querem jogar video-game, futebol, jogos bélicos,etc. A ideia de poder, força e vitória é direcionada a eles, enquanto que maternidade, sonhos e beleza estética são predominantes em anúncios para meninas.

As crianças almejam ser como as das propagandas, tanto no aspecto estético, quanto no fato de terem todos os brinquedos à sua disposição e refeições à base de fast-food (imagina o impacto disso para uma criança pobre?). É aí que surge uma lógica consumista que modela as relações da criança consigo e com o mundo. Então inicia-se a assimilação de que a felicidade está associada ao consumo e uma falsa necessidade.

Precisamos contestar esses hábitos sexistas, que são resultados de uma manipulação silenciosa. Não compre produtos com propagandas sexistas ou que estimule isso. Não incentive o consumo exacerbado. Será que essa criança realmente precisa de brinquedos novos?

Até quando você transformará o brincar, que deve ser uma experiência emancipatória, em uma prática nociva e reprodutora de esteriótipos e padrões sociais? Precisamos refletir sobre os impactos disso na condição da mulher, na representação das relações no interior da família, nos sonhos e relações sociais ou continuar com essa venda nos olhos, achando que o machismo e sexismo são coisas inatas.

* É estudante de Terapia Ocupacional, militante da Marcha Mundial das Mulheres e do Coletivo Feminista Conceição Evaristo.

domingo, 24 de outubro de 2010

Mulher

Eu sou a mãe da Praça de Maio 
Sou alma dilacerada 
Sou Zuzu Angel, sou Sharon Tate 
O espectro da mulher assassinada 
Em nome do amor 
Sou a mulher abandonada 
Pelo homem que inventou 
Outra mais menina 
Sou Cecília, Adélia, Cora Coralina 
Sou Leila e Ângela Diniz 
Eu sou Elis 
Eu sou assim 
Sou o grito que reclama a paz 
Eu sou a chama da transformação 
Sorriso meu, meus ais 
Grande emoção 
Que privilégio poder trazer 
No ventre a luz capaz de eternizar 
Em nós sonho de criança 
Tua herança 
 
Eu sou a moça violentada 
Sou Mônica, sou Cláudia 
Eu sou Marylin, Aída sou 
A dona de casa enjaulada 
Sem poder sair 
Sou Janis Joplin drogada 
Eu sou Rita Lee 
Sou a mulher da rua 
Sou a que posa na revista nua 
Sou Simone de Beauvoir 
Eu sou Dadá 
 
Eu sou assim... 
Ainda sou a operária 
Doméstica, humilhada 
Eu sou a fiel e a safada 
Aquela que vê a novela 
A que disse não 
Sou a que sonha com artista 
De televisão 
A que faz a feira 
Sou o feitiço, sou a feiticeira 
Sou a que cedeu ao patrão 
Sou a solidão 
Eu sou assim... 

Geraldo Azevedo